domingo, 4 de maio de 2008

CAPÍTULO UM: CIDADE DE AÇO E CONCRETO [parte 4]

- 25,00.
- 30,00 + camisinha usada– disse Rick nervoso, olhando para a carteira.
Disputada assim, lance a lance, estava me achando a última coca- cola do deserto...


- 50,00 reais!!! – ai meu deus. O meu deus grego me comprou por 50,00 reais??? Tenho certeza que esse lance entrará para os anais da história dos leilões de calouras.
Condoleza paraguaia olha para Rick, mas este chuta uma latinha no chão. Rá, tenho certeza que ele não vai conseguir cobrir a aposta.
- Alguém mais??? – ela pergunta. Ninguém se manifesta. – Vendida por 50,00 reais, para o calouro boboca.
Desço feliz e me dirijo até ele. Dou um beijo em seu rosto, sem me importar com a sujeira. Afinal, não é toda vez que alguém te compra por 50,00.
Como era de se esperar, ninguém alcançou meu nível de sucesso. Algumas foram vendidas por míseras moedas, e outras por coisas como guimbas de cigarro.
E eu achando que a sessão tortura havia terminado, tenho uma péssima surpresa.
- Todo mundo pro sinal, não aceito menos que 50,00 por calouro! – gritou a Condoleza paraguaia.
Sinal? Como assim??? Depois de ser leiloada como uma vaca, tudo bem que fui a “vaca premiada” da tarde, ainda tem isso???
-Anda calouraa!! – berrou um veterano no meu ouvido.
Quando dei por mim estava eu no sinal, fedendo mais do que um porco, mendigando alguns centavos. Algumas pessoas que passavam sentiam pena de mim. Outras não perdiam a oportunidade de tirar onda com a minha cara.
- E aí gatinha, bora tomar um banho na minha casa?? – se vocês acham que essa foi a pior é porque não viram as outras.
- Nossa, com um pandeiro desses lá em casa ia ter pagode todo dia!!!
Mereço?? Andei a tarde toda com aquele cheiro insuportável, ouvindo todas as gracinhas possíveis, mas enfim consegui os 50,00. Tanto esforço para financiar a cachaçada alheia!
Para piorar sujei a Bibi todinha. Vou ter que passar o fim de semana todo dando um banho na coitada. E o banheiro...nossa, aquele sim ficou pior do que banheiro público em época de carnaval. Não sei o que jogaram em mim, mas fedia mais do que peixe podre. Pin quase teve um AVC purpurinado quando foi tomar banho. Isso porque ele não percebeu que gastei mais da metade do seu shampoo made in france para tirar os restos mortais do trote. Melhor assim!

[fim do primeiro capítulo]

4 comentários:

Aline Dias disse...

e quem � o tal deus grego?

Daniel disse...

meu gaostei muito da forma ke vc escreve...
ótimo conto...
ele é auto biografico né?

Shamylle Alves disse...

Daniel, o meu blog não é auto-bibliografico... ´Nicky é um pouquinho de todas as historias que eu e minha amiga (que tb escreve o blog) ouvimos e das coisas loucas que imaginamos e quem sabe de situaçoes que passamos.
Mas nada literalmente auto bibliografico... graças a deus no meu trote não teve leilão, apesar de ter mais nogeras do que teve o da Nicky.
;)

Shamylle Alves disse...

o deus grego é o moreno alto, bonito e sensual...
acredita que a nicky ainda não sabe o nome dele?!
e olha que o cara a comprou por 50 pila, oq não é poca bosta... uahshuashu...